Hoje vou falar sobre um problema que o nosso Theo está enfrentando e que percebemos ser mais comum do que parece em crianças, principalmente na idade que ele está, 1 ano e 6 meses.
Prissão de ventre, constipação intestinal ou popularmente conhecido como ressecamento infantil. Trata-se da criança que tem dificuldade em fazer cocô por algum motivo. Pode ser ele por medo de doer e a criança acaba segurando, pode ser por causa de uma alergia alimentar de algo que ela esteja ingerindo regularmente, ou por uma disfunção no intestino.
O Theo começou com esse problema antes mesmo de fazer um aninho. Com meses, ele não fazia todo dia e quando fazia, saía muito durinho, o que machucava ele, mas o pediatra dizia ser normal, pois os bebês que tomam leite em pó costumam ser um pouco "ressecados". Mas com o passar do tempo e depois de começar a comer comida sólida, piorou. O organismo dele, que já não digeria muito bem o leite, teve mais dificuldades ainda para digerir os alimentos, e ele chegou a fazer cocô quase uma vez por semana.
Desesperados, recorremos novamente ao pediatra e ele nos indicou supositórios de glicerina (glicerin), além de uma dieta com muita fibra (aveia, linhaça, frutas), sucos.
Também tentamos o supositório infantil da Pfizer, mas ele era pior que o glicerin pra colocar, era muito sofrido ter que colocar nele todos os dias, fazer ele ficar parado, até fazer um pouco de efeito, enfim.
Depois o médico indicou um remédio chamado Lactulona, que ele tomava uma vez ao dia antes do almoço, isso diminuiu um pouco nosso stress de ter que ficar colocando supositório, mas sabíamos que o remédio era só enquanto conseguíamos uma consulta com um gastroenterologista pediátrico, que é praticamente um parto pra conseguir.
Tanto o remédio era provisório que aos poucos o efeito foi diminuindo e outra médica nos indicou o Minilax, que é uma espécie de gelzinho que você introduz com a pontinha do próprio recipiente e age quase que instantaneamente, muito melhor que o glicerim, pois o bebê não precisa ficar um tempo deitado na mesma posição para funcionar. Se tivessem me indicado logo o Minilax ao invés do supositório, teria nos poupado muito sofrimento para o nosso bebê.
Depois começamos a busca por um gastro pediatra. Pelo nosso convênio Bradesco Saúde nunca conseguíamos marcar, pois a agenda sempre abria um mês antes e quando ligávamos, as vagas já estavam preenchidas.
Com receio de que esse problema do Theo acabasse acarretando outros devido a demora no tratamento, decidimos desembolsar R$ 250,00
(que esperamos reaver do plano de saúde, pois vamos pedir reembolso) numa consulta particular, que também foi super difícil de marcar, pois há poucos profissionais em Brasília.
Procuramos o Centro de Gastropediatria que fica no Ed. Júlio Adnet, na 709/909 sul e lá a médica nos disse que poderia ser uma alergia alimentar, uma disfunção de família (pois temos histórico na família) ou simplesmente porque o Theo, com medo de doer, poderia estar segurando na hora de fazer. Ela disse que independente da causa, o tratamento de constipação intestinal demora de 3 a 6 meses e que teríamos que consultá-lo com ela pelo menos uma vez por mês durante esse tempo.
Além do remédio que tivemos de encomendar na Farmacotécnica, o PEG 4000 sem eletrolito e sem sabor (
30 sachês de 12g), ela passou vários exames e pediu que incluíssemos no máximo de vitaminas e refeições que pudéssemos farinha de aveia e linhaça.
Hoje levamos ele ao Sabin do Hospital Alvorada, na 710/910 sul, pois é o único da rede que faz todos os exames que a médica pediu. Foi a primeira vez que ele precisou tirar sangue e foi um sufoco, tadinho. Além de ter que furar o dedinho de 15 em 15 minutos, ele teve que tomar uma solução de gosto esquisito com a barriguinha vazia, em jejum.
Mas acho que agora estamos no caminho certo. Logo logo vamos descobrir o que nosso bebê tem e vamos tratá-lo para que ele fique bem!!!